domingo, 6 de setembro de 2009

Penso, logo...


...Existo!
Sim! Porque não?
Minha voz ativa anda meio rouca, e deve ser por isso que alguns não têm me dado tanto crédito. Ultimamente, muito frequentemente, tenho me escutado dizendo: "Sim, claro... não tem importância..." e isso não é muito bom!
Não é bom, se você só disser isso! Observei que as pessoas, às vezes, querem ouvir um "não"..., pelo menos elas fazem por onde, pedem subliminarmente. Mas eu as tenho poupado do meu "não". Cedi.

*CEDER: Desistir (em favor de outrem); Não resistir, curvar-se; Conceder, concordar em; Dar de si, mover-se, abalar-se; Diminuir de intensidade.*

Me impor?
Sim, eu necessito!
Direi: Não gosto!
Não gosto de ser cobrada por coisas inúteis, ouvir broncas fora de hora, ficar sozinha, ficar sem notícias, de não poder ligar..., de ver o que é "meu" sendo dos outros também, odeio esperar, não chorar pra não mostrar fraqueza... choro mesmo! Dane-se!
Não gosto de não ter palavras, não gosto da distância, não gosto de horários,
nem de pensar em tudo, e de evitar aquela música porque ela me trás lembranças. Não gosto de acordar cedo. Não gosto quando você some, não gosto de mentiras... nem de sorrisos falsos. Não gosto de saltos. Odeio quando me dizem "não"..., não gosto de não poder faltar. Não gosto de não poder fazer o que dá na telha... nem de não ter dinheiro. Não gosto de pressa, de bagunça, nem de sujeiras... Não gosto da voz dela, nem de passar o dia com ela me controlando... quero é ouvir a voz dele...


Talvez tenha descoberto porque não digo "não".
Tenho medo... sim tenho medo de ficar sozinha, de não tê-los mais por perto... de não ouvir a voz, abraçá-los...
É... eu tenho medo!
Mas não é um medo ruim! É cuidado! Pra não magoar! Penso antes de dizer "não"... pra ver se há mesmo necessidade daquele "não", e balancear se esse "não" vai me trazer alegrias perfeitas... ao teu lado.


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